sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Lei da Ação e da Reação


Dentre os assuntos que mais gosto de “falar muito”, procuro sempre abranger a educação como tema para discussão. Pude conhecer de perto a educação pública e a particular e por isso, me sinto bem apta a falar sobre. Mas, diferente do contexto que normalmente é discutido: a qualidade da educação (ou a falta dela), decidi falar sobre um tópico, que é muito citado pelo Romario Regis, que são os métodos de ensino.

Não quero me meter, pelo menos não tão diretamente, no que os educadores têm visto como “o melhor para os alunos”. Mas eu sei que eu não sou a única que tem visto inúmeras falhas nesse processo educacional, que a princípio, tal como vários dos benefícios garantidos pela constituição, são entregues à população de qualquer maneira. Como uma espécie de: você pediu? Então toma!


Sou apaixonada por conhecimento, e eu mesma, atual aluna de colégio estadual Pangiá Calógeras, me vejo em muitos momentos desestimulada a fazer algo que soa muito mais como uma obrigação e eu posso afirmar com certeza que muitos estudantes têm se sentido assim, obrigados a estarem em um local que não oferece nenhum tipo de estímulo, e nem se preocupa em soar interessante.

Alguns professores, até procuram ajudar nesse processo de transmissão e recepção de informações, mas muitos outros ainda se portam no método onde, o professor está num pedestal invisível e como autoridade máxima ele põe uma barreira densa entre ele e os alunos. O que eu acho, particularmente, uma besteira. Acho que o professor deve ser respeitado maximamente, mas o excesso de formalidade na sala de aula nunca foi sinal de qualidade na educação. Parece que às vezes esses mesmos mestres se esquecem de quando eram alunos, e por vezes se sentiam reprimidos, entediados e a palavra-chave: desestimulados.

E os alunos por sua vez, distantes da real causa por estarem ocupando aquele espaço, não conseguem se adaptar àquele local com outro sentimento que não seja o chato do conformismo. A estrutura que poderia ser reivindicada, nunca é de tal modo citada. Aí temos a primeira reação, da ação opressora da falha do processo educacional: a existência de seres naturalmente conformados e formados no ciclo vicioso da falta de visão e profundidade. #Fato

Então daí, já começamos a entender o porquê desse título que nos remete a princípio a 3ª lei de Isaac Newton (Zac, na intimidade). Sabemos que Zac era um cientista inglês, ou seja, nunca usou um abadá do Estado, não esteve presente nas reivindicações pelo direito à gratuidade nos ônibus, não era contra nem à favor da aplicação da prova SAERJ, nem tampouco ganhou um notebook por ser um bom aluno. Mas, Zac, com sua teoria física, consegue descrever o estado atual da sociedade, por meio do desestímulo da área educacional. Zac diz em sua teoria que: sempre que há a aplicação de uma força sobre um corpo, este mesmo exercerá uma força de mesmo módulo sobre o primeiro. E assim ocorre na sociedade: a falha no processo educacional gera o peso de construir uma sociedade rasa e cega, sendo assim a primeira geratriz do nosso grande problema, reagindo de forma negativa à temas sociais que deveriam ser de participação popular, como  voto nulo, por exemplo, que é a manifestação “sábia” de quem discorda do governo. E lá vou eu falando de política de novo... Mas é por aí!

Parece besteira, mas o dinamismo e a interatividade fazem muita falta. Passamos parcela significativa das nossas vidas na escola, e se temos que nos preparar para estarmos no mundo, é através dela, então, que temos que aprender a lutar pelos nossos direitos, a sermos firmes e a termos opinião, e de forma que não soe Alemanha Oriental. O impacto da forma que recebemos a tal da educação, tem peso direto na nossa formação cidadã. Então a minha teoria é que a resposta da nossa sociedade está dentro daquela caixa, recentemente refrigerada que o governo chama de sala de aula.

E eu particularmente, acho que lutar contra o sistema é muito mais fácil quando se conhece de perto. #FicaADica e eu me coloco disposta a lutar pra buscar o antídoto “antimonotonia” para as nossas salas de aula. Sou aluna, e não me permito não ter voz ativa nesse processo que me atinge diretamente. Se eu fosse você, também não. #KeepCalm&PensaNisso


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